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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Período Regencial: Regência Una de Araújo Lima (1837-1840)


O ano de 1837 marca a ascensão de Araújo Lima como regente e o interrompimento do chamado avanço liberal, falado na postagem sobre a contextualização do Período Regencial. Araújo Lima é representante de uma ala conservadora, que se organiza para reinterpretar o Ato Adicional e recentralizar o poder. Lançou uma campanha chamada "regresso à ordem", dividindo a situação política do seu país em seus apoiadores (regressistas) e opositores (progressistas). Mais tarde, dariam origem aos partidos Conservador e Liberal, respectivamente.

A seguir, algumas medidas tomadas por Araújo Lima:

  • Maior concentração de poderes nas mãos do governo central;
  • Menor liberdade de ação para as províncias;
  • Endurecimento em relação aos movimentos populares;

Período Regencial: Regência Una de Feijó, Cabanagem e Farroupilha (1835-1837)


Vimos na postagem anterior o contexto em que o Padre Diogo Feijó assumiu o poder, vencendo facilmente as eleições em nome dos Liberais Moderados e sendo escolhido para ser o único regente, como estava estabelecido no Ato Adicional de 1835

No entanto, Feijó se indispôs com a Câmara durante sua regência, de modo que a oposição crescente perseguiu todos os seus projetos.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Período Regencial (1831-1840): Contextualização


Vimos na postagem anterior que D. Pedro I abdicou ao trono brasileiro em favor do seu filho Pedro de Alcântara, de apenas 5 anos. Como o novo imperador era menor de idade, a Constituição de 1824 previa que o Brasil deveria ser governado por um conselho de três regentes, eleitos pelo Legislativo, até que o menino completasse 18 anos. Foi o que ocorreu durante este período (1831-1840). Aliás, não exatamente, vocês vão entender o motivo mais pra frente.

A partir de 1830, o Partido Brasileiro assume a denominação de Partido Liberal. O Partido Liberal se divide, neste período, em duas facções até certo ponto distintas:

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Brasil-Império: Abdicação de D. Pedro I (1831)


A imposição da Constituição de 1824 e a violência utilizada contra os rebeldes da Confederação do Equador foram alguns dos acontecimentos que comprometeram a popularidade do imperador, mas tudo sempre pode piorar. Em 1825, eclode a Guerra da Cisplatina (1825-1828).

A Guerra da Cisplatina foi uma conflito entre Brasil e Argentina pela posse da antiga Colônia do Sacramento (atual Uruguai). O território uruguaio, durante a colonização, pertenceu à Espanha, mas em 1816 foi tomado pelas tropas de d. João VI e anexado ao Brasil. Os habitantes da Cisplatina, porém, não aceitavam a anexação, pois tinham idiomas e costumes diferentes. Assim, um movimento de libertação foi articulado na província e recebeu apoio do governo argentino. Em represália, d. Pedro I declarou guerra à Argentina, denominada na época Províncias Unidas do Rio da Prata.


Brasil-Império: Confederação do Equador (1824)


Vimos na postagem anterior que a Confederação do Equador seria uma reação à Constituição outorgada e ao autoritarismo de d. Pedro I. Tal reação aconteceu na província de Pernambuco, que já havia liderado atividades revolucionárias na Revolução Pernambucana de 1817.

A situação econômica da região não se modificou entre 1817 e 1824 e a carga tributária cobrada ainda era grande, as exportações de açúcar continuavam em queda livre, mestiços e negros livres, pequenos comerciantes e militares de baixa patente viviam em estado de miséria; o que se somou diante do fechamento da Constituinte e imposição da nova Constituição


Brasil-Império: Primeiro Reinado (1822-1831)


D. Pedro I proclamou a independência, independência estranha esta. Em primeiro lugar, não teve participação do povo, mas das elites. Em segundo lugar, nada mudou em relação à estrutura socio-econômica do período colonial: escravismo, latifúndio, domínio da oligarquia rural e agroexportação de produtos primários. Enquanto a América espanhola se fragmentou, o Brasil manteve sua extensa unidade territorial, sendo caracterizado ainda como uma "monarquia entre repúblicas", uma vez que todos os países vizinhos se desfizeram do sistema monárquico assim que se fizeram independentes. Além do mais, o imperador era nascido em Portugal e herdeiro do trono português. Por tais motivos, as demais nações latino-americanas resistiram, inicialmente, a reconhecer a independência do Brasil.

Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil, tendo o feito em 1824. A independência brasileira era interessante para o país norte-americano por eles terem interesse em estender sua influência sobre o continente americano. Já Portugal não queria aceitar nossa independência de maneira alguma. A Inglaterra concordou em mediar a situação e Portugal, em troca de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas e da concessão de d. João VI do título de imperador honorário do Brasil, concordou em aceitar a independência. A Inglaterra, como aliada de Portugal, não podia reconhecer a independência do Brasil antes de seu aliado, portanto tratou de apoiar as negociações.

domingo, 10 de agosto de 2014

Independência do Brasil (1822)


A Independência do Brasil está diretamente ligada à crise no Sistema Colonial entre Brasil e Portugal e à fuga da Corte portuguesa para a colônia, em 1808.

Portugal, no início do século XIX, era governado pelo príncipe regente d. João, pois sua mãe, a rainha Maria I, era considerada louca. Naquela época, Napoleão e seu exército sacudiam a Europa e tentou impor o Bloqueio Continental, isto é, toda nação que tivesse relações comerciais com a Inglaterra dali em diante seria considerada inimiga, sob pena de ataque do seu exército. A França e a Inglaterra rivalizavam na disputa pelos mesmos mercados, logo foi a solução encontrada por Napoleão para o problema.

sábado, 9 de agosto de 2014

Brasil Pré-Independência: Rebeliões da Colônia


Vimos durante a postagem anterior que a metrópole portuguesa adotou medidas restritivas em relação ao Brasil a fim de evitar que o mesmo se desenvolvesse e, consequentemente, tomasse consciência da própria inércia e pobreza. Quando a metrópole põe um impedimento no desenvolvimento, ela  acaba por desagradar as elites coloniais. Então, começam os primeiros movimentos contra os colonizadores.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Brasil Pré-Independência: Contextualização


A partir do século XIX, a relação Colônia-Metrópole entre Brasil e Portugal já demonstrava sinais de desgaste e, a história prova, estava mesmo com os dias contados. O Brasil torna-se independente em 1822 (pouco menos de 50 anos após os EUA).

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Era Napoleônica (1799-1815)


A França vivia um período grande de instabilidade mesmo dez anos após o início da Revolução Francesa. A burguesia no poder sofria constantes ameaças de monarquistas e jacobinos, desejando agitações revolucionárias mais radicais. Os países vizinhos temiam o avanço dos ideais nacionais em seus territórios e a França chegou a receber ameaça real de invasão da Segunda Coalizão, aliança formada pela Grã-Bretanha e pela Rússia, Áustria, reino de Nápoles, Portugal e Império Otomano (governos absolutistas, ou seja, do Antigo Regime) contra a França revolucionária.

Face à crise do Diretório, Napoleão retornou apressadamente de sua expedição militar na África para liderar o golpe de Estado do 18 Brumário (9/11/1799 no calendário gregoriano). Napoleão, apoiado pela burguesia e exército, assume o poder e instala o Consulado, um governo republicano, centralizado e controlado por militares, os cônsules: Napoleão, Roger Ducos e Sieyès.