A partir do século XIX, a relação Colônia-Metrópole entre Brasil e Portugal já demonstrava sinais de desgaste e, a história prova, estava mesmo com os dias contados. O Brasil torna-se independente em 1822 (pouco menos de 50 anos após os EUA).
A colônia era explorada e cedia matéria-prima para a metrópole, que, após a Primeira Revolução Industrial, passou a ceder produtos industrializados em troca. Porém, é o próprio desenvolvimento do Capitalismo industrial um dos responsáveis pela crise do Sistema Colonial. Primeiro porque o desenvolvimento da indústria já compreende em si ideais de livre mercado e aumento do mercado consumidor através da estratégia de marketing. Como garantir aumento do mercado consumidor em uma colônia em que não predomina o trabalho assalariado, mas a exploração escrava? Escravos não recebiam salário, como que iriam comprar alguma coisa?
O segundo motivo, ainda ligado ao surgimento da indústria, é o conflito entre a elite colonial brasileira e a metrópole. Para continuar explorando a colônia, era necessária desenvolvê-la. Mas, ao fazê-lo, fortalecer-se-ia a luta contra a exploração injusta e desigual, era um tiro no próprio pé. A metrópole então adotava medidas restritivas (como proibir a instalação de indústrias no Brasil) para conter a colônia e reforçar a exploração, desagradando a elite e dificultando o desenvolvimento da colônia. Típico, não muito diferente de um governo corrupto que não investe em educação como forma de alienar o povo.
Os historiadores dividem a população colonial em três grupos distintos:
a) Colonizadores: A minoria que representava os interesses da Coroa portuguesa. Exemplo: Traficantes de escravos, governadores de capitanias, juízes, militares de alta patente, bispos, etc.
b) Colonos: A elite colonial brasileira, porém menos vinculada aos interesses do governo português. Exemplo: Comerciantes de escravos, senhores de engenho, fazendeiros, proprietários de minas de ouro e diamantes, etc.
c) Colonizados: Aqui estão os mais de 80% da população colonial e, curiosamente, eram os mais oprimidos socialmente. Exemplo: Escravos africanos, indígenas e brancos livres e pobres.
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