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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Imperialismo


A América Latina foi vítima do imperialismo norte-americano, que caracterizou sua dependência econômica. O próprio Brasil, por exemplo, tinha sua economia voltada para o mercado externo, produzindo as matérias-primas e produtos primários que interessavam aos países industrializados.

Os Estados Unidos adquiriram colônias e pontos de apoio no Oceano Pacífico, além de terem agido com truculência na América Central, onde conquistaram Porto Rico e estabeleceram protetorado (quando os colonizadores preservavam os poderes locais, exercendo dominação indireta, mas não menos eficaz) sobre Cuba.

A truculência com que os americanos agiram pode ser explicada pela Big Stick Policy ("fale macio, mas carregue um grande porrete"), que notabilizou o presidente Theodore Roosevelt, seu autor. Este mesmo presidente foi o autor do Corolário Roosevelt, no qual os Estados Unidos se achavam no direito de intervir militarmente nos países latino-americanos em defesa de seus interesses. 


presidente Theodore Roosevelt (1901-1909)

Não à toa, os Estados Unidos incitam a rebelião interna na Colômbia (1903), que culminou na formação, pelos grupos locais, do Panamá. O país teve independência prontamente reconhecida pelos Estados Unidos, que em troca recebeu a soberania do canal do Panamá. Os americanos também interviram e ocuparam militarmente a República Dominicana e a Nicarágua, onde se destacou a figura de César Sandino, líder de uma luta contra a presença norte-americana. 

Como se não bastasse, havia a constituição do enclave bananeiro, caracterizado pelas vastíssimas plantações de propriedade da United Fruit Company (empresa americana) que se estendiam por Honduras, El Salvador e Costa Rica - uma forma de lucro sobre esses países. O país que mais sofreu com o imperialismo norte-americano foi o México, visto que a Revolução Mexicana teve participação indireta da potência do norte.

Outro país que também aderiu ao imperialismo foi o Japão, que era um país agrário até a Revolução Meiji (1868), quando o xogunato caiu e o imperador centralizou seu governo. 



A partir daí, o país se industrializou e construiu ferrovias, fabricou armamentos e desenvolveu sua indústria têxtil. Por volta de 1880, com a economia esgotada, lhes restou o expansionismo. O alvo foi a China.

China e Japão se enfrentaram na Primeira Guerra Sino-Japonesa/Nipo-Chinesa (1894-1895), vencida pelo Japão, que obrigou a China a reconhecer a independência da Coreia e ceder-lhe as Ilhas de Formosa e dos Pescadores, bem como a Península de Liaotung.

Com os novos territórios, explode uma rivalidade entre Japão e Rússia pela hegemonia na Ásia. Os países se enfrentam na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905) que foi vencida também pelo Japão. A Rússia foi obrigada a ceder a parte sul da Ilha de Sacalina e abandona as pretensões sobre a Manchúria. O Japão torna-se a potência dominante da Ásia e a China, pressionada pelas potências imperialistas, vê seu território ser dividido em áreas de influência. 



Engana-se quem pensa que a ocupação afro-asiática foi pacífica. O imperialismo sofreu resistência com a explosão da Guerra dos Bôeres na África do Sul, a Revolta dos Cipaios na Índia, a Revolução dos Jovens Turcos no Império Otomano e a Rebelião dos Boxers na China, tendo sido esta, talvez, a mais radical, já que foi um movimento xenófobo onde foram massacrados centenas de europeus.

Mesmo com a resistência, o imperialismo só viria a perder forças após a Primeira Guerra Mundial.

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