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domingo, 12 de outubro de 2014

Era Vargas: Brasil na Segunda Guerra Mundial (1939-1945)


Como vimos na postagem sobre o Estado Novo, Vargas mostrava-se simpático às práticas nazifascistas, governando através de uma ditadura. No contexto da Segunda Guerra Mundial, afastar-se, mesmo que ideologicamente, das potências capitalistas ocidentais era o mesmo que aproximar-se do Eixo

O presidente Vargas aplaudia as políticas intervencionistas do presidente americano Roosevelt e desprezava os liberais. Porém, a partir de 1934, a Alemanha passou a ser a principal importadora de algodão e café, superando as relações com os Estados Unidos. Alguns integralistas que atuavam em setores da administração econômica até propagavam a ideia de alinhar o Brasil ao Eixo.

A superioridade das relações com a Alemanha decaiu quando a Inglaterra, já durante a Segunda Guerra Mundial, conseguiu bloquear o comércio da marinha germânica, envolvida diretamente no conflito europeu. A necessidade de manter os países latino-americanos longe da influência do Eixo fez com que o presidente americano, Franklin Roosevelt, visitasse o Brasil em 1940. Essa visita rendeu ao Brasil dinheiro para construir a CSN, a Companhia Siderúrgica Nacional, a maior usina de aço da América Latina, situada em Volta Redonda. A partir daí, Vargas não mais cogitou se aliar a Hitler.


Em dezembro de 1941, os norte-americanos seriam atacados pelos japoneses em Pearl Harbor e entrariam na guerra. Vargas concedeu à marinha estadunidense a permissão de utilizar portos do nordeste brasileiro. A cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, recebeu a maior base aérea norte-americana já recebida em território estrangeiro. A cidade recebeu um contingente de 10.000 soldados, o que mudou radicalmente a até então pequena capital, que à época possuía 55.000 habitantes. Mais do que uma importante participação durante o conflito, a influência cultural dos americanos marcariam para a sempre a cidade brasileira.

A adesão do Brasil ao bloco dos Aliados foi finalmente decidida quando submarinos alemães atacaram navios de passageiros e de mercadorias no litoral nordeste do Brasil. O saldo foi de 1.074 mortes e 36 navios brasileiros afundados. Vargas declarou guerra ao Eixo e ordenou que preparasse a FEB (Força Expedicionária Brasileira), composta de 25.334 combatentes, que aturaram juntamente às tropas aliadas na Itália fascista.

A vitória do Exército brasileiro provocou efeitos decisivos quanto ao fim do Estado Novo. Os opositores de Getúlio afirmavam que não era possível um país se manter governado por uma ditadura tendo lutado tão bravamente ao lado das potências democráticas do mundo. Em 1945, Getúlio sofreria um golpe de Estado, que pôs fim ao Estado Novo.

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