A Revolta da Chibata ocorreu em 1910, no início do governo de Hermes da Fonseca. Os marinheiros no início do século XX eram submetidos a castigos físicos frequentes (as "chibatadas"), recebiam baixos salários e eram submetidos a uma dura rotina de trabalho.
Em 1910, sob a liderança de João Cândido, negro e analfabeto, os marinheiros dos encouraçados São Paulo e Minas Gerais organizaram um protesto onde tomaram as embarcações e enviaram um telegrama ao presidente com todas as suas reivindicações, sob ameaça de bombardear Rio de Janeiro.
O Congresso, tendo em vista a situação delicada, atendeu algumas das reivindicações e o protesto perdeu força.
O presidente Hermes da Fonseca, no entanto, não cumpriu o acordo de absolver os revoltosos e, muitos líderes começaram, sob quaisquer pretextos, a serem presos. O resultado foi a eclosão de uma nova revolta na Ilha das Cobras (RJ), que foi cruelmente bombardeada. Aqueles que não foram fuzilados foram levados para trabalhar na Amazônia.
Quanto a João Cândido, foi aprisionado e atirado em um calabouço na Ilha das Cobras. Em 1912 foi julgado e considerado inocente. Ficou conhecido historicamente como o "Almirante Negro" e pela sua contribuição na abolição do uso da chibata na Marinha brasileira.
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